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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Verbo haver para indicar evento passado e preposição "a" para indicar evento futuro.

Há uma confusão muito grande de muitas pessoas com relação à utilização do verbo “haver” e da preposição “a” para expressar tempo passado, ou tempo futuro.

Essa confusão ocorre, provavelmente, porque na linguagem falada, a e “há” são pronunciados da mesma forma, faltando um referencial importante para a memorização da regra, que é o falar e ouvir. Ninguém que ouça vai aprender falar estudando a regra, mas vai aprender ouvindo as outras pessoas falando e, com esse conhecimento prévio do idioma adquirido pela exposição à linguagem falada, vai começar a estudar a regra.

A diferença primordial é que no futuro, a preposição será sempre a mesma, a preposição a, mas no pretérito, o verbo haver será conjugado, sempre na terceira pessoa do singular (orações sem sujeito). Para entender um pouco mais sobre essa questão, basta verificar o artigo “verbo haver e orações sem sujeito” disponível aqui no site.

NO FUTURO

Quando nós nos referimos ao futuro, nós usamos a preposição a, por exemplo.

Eu vou à audiência daqui a 15min.
Eu voltarei ao Fórum apenas daqui a 3 dias.
Nesse caso, como se trata de preposição, nós podemos substituir a preposição a por outras preposições sem prejuízo do sentido da frase:

Eu vou à audiência em 15min.
Eu voltarei ao Fórum, apenas após/em 3 dias.
Quando a situação for mais complexa, nós utilizamos outras construções, por exemplo:

Quando o cliente chegar, eu vou sair depois de 30min.
Ou, melhor ainda.

Eu vou sair 30min depois que o cliente chegar.
Dessa forma, a preposição a sempre vai se referir a um tempo futuro, mas a partir do tempo presente e não a partir de outro evento futuro. Quando nós precisarmos falar sobre o futuro do futuro serão dois sujeitos, duas orações na mesma frase, sem sujeito inexistente, já no passado, nós teremos uma construção diferente, com três verbos na frase, dois sujeitos, mais um sujeito inexistente, isso porque nós temos uma conjugação verbal específica para o "passado do passado", ou pretérito mais-que-perfeito do indicativo, mas para o futuro nós não temos uma conjugação específica.

Por isso, quando no passado, nós vamos utilizar o verbo haver também nessas situações mais complexas, conjugando o verbo haver sempre na terceira pessoa do singular e nos valendo do pretérito mais-que-perfeito.

NO PASSADO

Quando nos referimos ao passado, nós utilizamos o verbo haver conjugado na terceira pessoa do singular. Por exemplo:

Eu voltei do Fórum há 15min.
Como são dois verbos, há duas orações: “Eu voltei do Fórum” e “há 15min”, sendo que a primeira oração tem como sujeito o pronome “Eu” e a segunda oração não tem sujeito. Perguntando para o verbo: “quem/o que há 15min?” Esse verbo haver não tem como sujeito o pronome “Eu”, por isso, sujeito inexistente.

No exemplo mais complexo do futuro, se o trouxermos para o passado, ficaria assim:

Quando o cliente chegou, eu saíra do escritório havia 30min.
Eu utilizei a forma “saíra”, pretérito mais-que-perfeito, porque indica uma ação passada que ocorreu antes de outra ação passada. O chamado pretérito do pretérito. Dessa forma nós temos dois sujeitos (o cliente e "eu"), mais um sujeito inexistente vinculado ao verbo haver. Quando falamos do passado, a parte da oração que se refere ao tempo é verbo com sujeito inexistente (havia 30min), quando falamos do futuro, a parte que se refere ao tempo é complemento da oração ("depois de 30min", ou "30min depois", mais conectivo "que").

Mesmo que o sujeito da primeira oração for no plural, o verbo haver, como indicador de tempo, vai ficar sempre no singular, porque se refere a um sujeito inexistente. Escrevendo de uma forma mais coloquial, para facilitar o entendimento, mas quando nos referimos ao passado do passado, a um evento pretérito ocorrido antes de outro evento pretérito, o mais correto é utilizar o pretérito mais-que-perfeito.

Quando os clientes chegaram nós havíamos saído havia 15min.
Identificando o sujeito e verbo de cada oração:

Chegaram: os clientes;

Havíamos saído: nós;

Havia: sem sujeito.

Eu utilizei duas vezes o verbo haver de propósito apenas para pontuar a diferença do verbo haver, como indicativo de tempo pretérito (sem sujeito) e o verbo haver conjugado. Para isso, basta perguntar ao verbo quem fez aquela ação.

Mais alguns exemplos, escrito de uma forma mais coloquial, sem a utilização do pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

Quando a audiência começou, eu já estava na sala havia 10min.
Quando as perguntas começaram, nós estávamos em audiência havia meia-hora.
Quando houve as ocorrências os policiais já estavam lá havia 5min.
Para entender um pouco mais sobre a conjugação do verbo haver e por que, às vezes ele acompanha o número do sujeito, às vezes não, acesse o artigo “verbo haver e orações sem sujeito”.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Diferença entre dar aula de Direito e a atividade jurídica

O presente artigo destina-se a explicar uma forma de abordagem dos temas dentro das peças processuais, evitando textos prolixos e floreios indevidos, fazendo o texto ser mais direto e mais fácil de ser lido e entendido.



http://www.edir.club/2019/01/diferenca-entre-dar-aula-de-direito-e.html


A IMPORTÂNCIA DE DEBATER O ASSUNTO
Tal assunto é de suma importância quando se redige peças processuais porque há uma necessidade de manter o foco no assunto que realmente interessa ao caso concreto e deixar discussões paralelas e teóricas para os debates acadêmicos e não para o efetivo exercício da Advocacia.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

REGRAS E EXCEÇÕES PARA COLOCAÇÃO DA LETRA X.

A letra X com o seu som característico no meio da palavra é um terreno meio nebuloso para muitas pessoas, sendo que não há uma regra aparente, mas apenas é algo a ser aprendido por mera decoreba. No entanto há regras.



http://www.edir.club/2018/10/regras-e-excecoes-para-colocacao-da.html


SOBRE O SOM DAS LETRAS E O NOME DAS LETRAS
Primeiramente, não é o X que tem som de CH, mas o CH que tem o som do X, isso porque o nome da letra é xis. O X pode ter som de Z, não o Z que tenha som de X, porque o nome da letra é zê, assim mesmo, com circunflexo.
Daí nós podemos concluir que o C, tem o seu som característico nas palavras cebola e bicicleta e que tem som de K quando precede as vogais A, O e U.
Para saber quando usamos o X, há as seguintes regras:

terça-feira, 31 de julho de 2018

MALA DIRETA - Configurações no MS-Word para aumentar a produtividade na Advocacia #2

TEXTOS E VÍDEOS APRESENTANDO DICAS DE COMO FAZER UMA MALA DIRETA NO MS-WORD PARA UMA ADVOCACIA DE ALTA PRODUTIVIDADE SEM ABRIR MÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇO.




Em que pese o presente artigo seja acompanhado de vídeo, isso não tira a importância do texto que o acompanha, porque há uma série de informações, complemento e até correções ao conteúdo apresentado no vídeo.